quarta-feira, 1 de abril de 2009

A mídia e as massas

Maquiavel ficaria orgulhoso como por um filho caçula. No início do século 21, são os meios que justificam os fins. Muito do que molda o comportamento do indivíduo envolto quase permanentemente no turbilhão constante dos meios de comunicação de massa torna-se reflexo das associações virtuais em que as pessoas se inserem como por osmose, uma obrigação instintiva de se sujeitar aos “dogmas” da socialização.

É curioso pensar em como essa socialização acaba por seus próprios esforços focando-se no próprio indivíduo, que pelo consumo sugerido em círculo vicioso pelas próprias pressões da sociedade cibercultural, vê-se cercado pelos objetos que se acoplam em sua personalidade pela idéia da transcendência de fronteiras físicas, do contato com o mundo.
Evidentemente, é digno de nota o fato dessa indução de identificação pessoal e social ser uma conseqüência das mesmas tecnologias que também trouxeram muitos benefícios inegáveis, como às facilidades de acesso às artes e a serviços.

O que se nota, enfim, é uma óbvia interligação do sujeito pensante, cidadão, com o mundo de informações escolhidas e filtradas pelas mais diversas cabeças, sejam dos gigantescos conglomerados de empresas de mídia aos blogueiros e freqüentadores de fóruns online, na Internet desmedida e democrática.


Através deste blog dos alunos de Mídia e Poder, disciplina de pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero ministrada pelo Prof. Dr. Dimas A. Künsch, vamos abordar as pontes invisíveis que sugerem nossas decisões e vontades nessa relação multifocal que envolve sociedades, governos e empresas, e todas as ramificações descendentes.

Tentaremos com isso contribuir com a discussão dos métodos e da ética daqueles que fomentam a informação e a cultura na contemporaneidade pelas mídias de massa, como já fazia o famoso personagem de Orson Welles, Charles Foster Kane, “O Cidadão Kane”, em sua vida de escândalos e de compulsão obsessiva por bens. E claro, falaremos de seus pares brasileiros.

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